Direto na parede

Não sei vocês, mas eu sempre me encantei com as oportunidades de levar o ato de colar, recortar e pintar para fora da moldura. Cada vez que a arte rompe o limite do quadro e ocupa paredes, fachadas ou ambientes inteiros, sinto que ela também ganha novas camadas de vida.

Foi assim quando minhas obras ganharam espaço em projetos de design e arquitetura, criando diálogos inesperados com móveis, vitrines e até o vai e vem das ruas. Foi assim também quando experimentei aplicar papéis diretamente em paredes, transformando a própria superfície em tela — um processo que exige técnica, mas que carrega sobretudo tempo, afeto e intenção.

Em casas de pessoas queridas, a experiência acontece de forma íntima: a arte invade salas, corredores e até janelas, tornando-se parte das histórias e memórias. É uma troca: levo minhas cores e formas, mas também recebo das paredes a energia e o significado únicos de cada lugarzinho.

No meu ateliê, além dos meus quadros e fine art prints, a arte extrapola e transborda pelas paredes - vou colocar fotos aqui, mas você pode vir ver de perto também. Quando a rotina pesa, são justamente esses rompimentos, com papéis e cores explodindo pelo ambiente, que me lembram da força transformadora da liberdade criativa.

Expandir a arte além da moldura é também expandir a mim mesma. É aprender, em cada mural, intervenção ou lambe-lambe, que a arte e a colagem tem possibilidades infinitas de criação e embelezamento do mundo.

Você prefere arte na moldura ou fora dela?

ENG: Straight on the Wall

I don’t know about you, but I’ve always been fascinated by the opportunities to take the act of cutting, pasting, and painting beyond the frame. Every time art breaks the limits of a canvas and expands onto walls, facades, or entire environments, I feel it gains new layers of life.

That’s what happened when my collages found their way into design and architecture projects, creating unexpected dialogues with furniture, storefronts, and even the rhythm of the streets. It was also what I discovered when I began applying paper directly to walls, transforming the surface itself into a canvas — a process that requires technique but, above all, carries time, affection, and intention.

In the homes of dear clients, the experience becomes even more intimate: art flows into living rooms, hallways, and even windows, becoming part of each space’s stories and memories. For me, it’s always an exchange: I bring my colors and shapes, but I also receive from the walls the unique energy and meaning of each place.

In my studio, alongside my canvases and fine art prints, art spills out and overflows across the walls — I’ll share some photos here, but you’re also welcome to come and see it up close. When daily routines feel heavy, it’s these bursts, with paper and color exploding through the space, that remind me of the transformative power of creative freedom.

For me, expanding art beyond the frame also means expanding myself. With every mural, intervention, or wheatpaste, I learn that art and collage hold infinite possibilities for creation and for bringing more beauty into the world.

So tell me: do you prefer art inside the frame, or outside of it?

Quando e onde você quer a próxima oficina de arte em colagem???

Responda este e-mail com a sua sugestão!

Obrigada por estarem aqui comigo!

Um beijo,

Belca